"Sempre sonho dentro do pijama com uma ilha deserta e acordo em Copacabana com você puxando a coberta". Esses versos estão na canção Mamma mia, composta e interpretada por Kleiton & Kledir, no início dos anos 1980. As metáforas com a ideia de uma ilha deserta ou de nos enxergarmos como ilhas constituindo, quem sabe, grandes arquipélagos, aparecem em nosso imaginário desde a Antiguidade Clássica. Mas não vou tão longe: O conto da ilha desconhecida, do nosso prêmio Nobel de Língua Portuguesa, José Saramago, confronta nosso comportamento ao nos colocar diante de uma "porta dos obséquios" e da obviedade de que "toda ilha é desconhecida até que alguém a descubra". Um homem que vai pedir ao rei um barco para se distanciar da ilha... essa metáfora de que olhar de fora é o melhor caminho para mergulhar no autoconhecimento é um exercício que diz respeito a todos nós, em qualquer tempo. Venha tomar seu café e conversar sobre essa ilha mais ou menos desconhecida que somos todos nós. Eu te espero!