Por volta de 1860 o navio ‘Palpite’ partia de Granja (CE) em direção a Fortaleza (CE) com o objetivo de transportar os estudos da “Comissão Científica de Exploração Imperial”, considerada a primeira viagem científica composta exclusivamente de Brasileiros, criada por Dom Pedro II.
Porém, a navegação nunca conseguiu chegar à capital cearense, em 1861 quando estava próximo à foz do rio Acaraú, o barco naufragou, levando junto inúmeros conhecimentos científicos adquiridos durante a viagem, com o passar dos anos tal acontecimento se tornou conhecido pela população local, desde então o naufrágio é conhecido como ‘Barco de Acaraú’.
Em 2012, quase 150 anos depois do acontecido, um mergulhador (Marcus Davis) ficou sabendo sobre o Barco de Acaraú ao conversar com um morador local, mas não deu tanta importância no momento, porém alguns anos depois, ao conhecer a história da Comissão Científica retomou o interesse naquele navio e junto de um amigo (Augusto César Bastos) montou uma expedição para estudar as origens daquele naufrágio para tentar descobrir se realmente se tratava do ‘Palpite’.
Em 2021, a expedição continua e conta com a ajuda de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, Instituto Politécnico de Tomar, em Portugal, operadora de mergulho Mar do Ceará, Instituto Federal do Ceará e Universidade Federal do Piauí, o projeto conta conta desde missões de mergulho até o uso de satélites para obtenção de imagens 3d do fundo do mar.
O grupo espera conseguir desvendar a origem e os segredos deste misterioso naufrágio e com isso, fazer com que o navio Palpite faça parte da rica história de naufrágios do litoral cearense.
No programa de hoje conversamos com o "homem do fundo mar" Augusto Cesar Bastos, um entusiasta da história marítima do Ceará, sobre as incríveis histórias dos naufrágios no estado, principalmente o caso do Iate Palpite e também comentamos como esse estudo é realizado por mergulhadores e pesquisadores de todo o mundo.