Ainda que o cenário venha melhorando, a presença feminina na área de tecnologia ainda é baixa. Mesmo tendo participado do desenvolvimento de ferramentas revolucionárias como o wi-fi e o GPS, o sexismo insiste em excluir as mulheres do mercado tecnológico. De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, de 2017 a 2019, houve aumento de 4,5% na quantidade de mulheres em carreiras ligadas à tecnologia da informação, porém, em um cenário bastante desigual. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, mostram que as mulheres representam apenas 20% dos profissionais de tecnologia no Brasil. Em relação aos salários, a empresa de recursos humanos Revelo apontou que a diferença de remuneração oferecida para homens e mulheres no setor de tecnologia era de 23,4%, em 2019. Um estudo feito pelas universidades da Califórnia e da Carolina do Norte, em 2017, identificou que a causa dessa desigualdade é o preconceito. Os pesquisadores descobriram que os códigos escritos por mulheres têm uma taxa de aprovação maior do que os códigos escritos por homens, desde que seu gênero não seja identificado. Um dos reflexos dessa cultura da exclusão está na falta de investimentos. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Pitchbook, empresa de pesquisa e tecnologia, mostrou que em 2018 as startups de tecnologia que eram lideradas por mulheres receberam apenas 2,7% do capital total investido para apoiar esses negócios. Para nos ajudar a entender os motivos da exclusão e as principais dificuldades que as mulheres encontram para se inserir na área de tecnologia, vamos ter uma prosa com a desenvolvedora frontend, Geovana Silva e com a vice-presidente de Alianças e Canais da Oracle América Latina, Kadu Lopes.