As HQs, ou histórias em quadrinhos, são conhecidas principalmente pelos grandes clássicos de heróis e vilões que também fizeram sucesso na tela dos cinemas, sobretudo com Marvel e DC. Porém, engana-se quem pensa que as histórias em quadrinhos se restringem a esse tipo de produção. Sobretudo no Brasil, o gênero possibilita infinitas possibilidades de narrar fatos históricos, trazer críticas sociais, fazer contato com a ancestralidade e até mesmo produzir reportagens jornalísticas. Por aqui, inclusive, essa história já tem mais de 150 anos. Para Waldomiro Vergueiro, coordenador do Observatório de Histórias em Quadrinhos da USP, a primeira HQ brasileira foi publicada em mil oitocentos e sessenta e nove, pelo artista ítalo-brasileiro Angelo Agostini, com o título “Nhô Quim”. Ganhando cada vez mais espaço, e consequentemente novos formatos, hoje as histórias em quadrinhos brasileiras conversam com questões de arte urbana e arte de rua, racismo, empoderamento e até mesmo denúncias, quando trazem uma pegada mais jornalística. Para nos ajudar a entender a importância, os formatos e as infinitas possibilidades que as HQs nos proporcionam, vamos ter uma prosa com o quadrinista e professor Robson Moura, com o repórter e ilustrador Alexandre De Maio e com a ilustradora e quadrinista Marília Marz