O conceito e a representação da masculinidade na sociedade é legitimado e construído a partir de princípios machistas, heterossexuais e cisnormativos, a partir do padrão binário de gênero. Toda essa construção tem como objetivo manter e perpetuar as estruturas de poder. Essa noção hegemônica que é imposta quando se fala em masculinidade tem como representação um homem forte, viril, que não chora e usa azul, já que o rosa é coisa de mulher. Esses ideais de masculinidade são ensinados e reproduzidos por instituições e indivíduos, na perspectiva de adequar os homens a posições sociais consideradas desejáveis. Há, entretanto, homens que divergem dessas normas de gênero e sexualidade e acabam se deparando com diversas estigmatizações, ao expressar e viver suas experiências. Esses homens passam a lidar com o constrangimento, o preconceito, a perda de direitos básicos e até violências físicas e psicológicas. Nessa semana de Dia dos Pais, para nos ajudar a entender a pluralidade das masculinidades e também o que é masculinidade tóxica e como não reproduzi-la, nós vamos ter uma prosa com o ativista e presidente da União Nacional LGBT, Andrey Lemos, com o professor de inglês Luiz Gustavo Mayran e com o pai, diretor e roteirista Fabio Delai.