Chegamos ao último episódio da temporada.
Decidimos fechar com um tema muito significativo importante para todas nós. O Brasil é um país com números pouco encorajadores quando pensamos em existências para além da heterocisnormatividade branca que escolhe apagar a reconhecer as diferenças, promove a violência e violação destes corpos.
É o pais, por exemplo, mais perigoso para ser ativista. Onde quem mais morre é preto, LGBT+ e pobre. Onde caçam e exterminam culturas originárias, religiões e saberes. Pensando em um país estruturalmente racista fica um desafio de sobreviver a todo esse retrocesso, pois ele não supera as desigualdades estruturais, e agora sobre o autoritarismo religioso a que se contrapõe a constitucionalidade do estado laico.
Como sobrevivemos a isso? Como pensamos em espaços seguros e edificantes de direito, sociabilização e afeto?
O Ilú Obá De Min, para muitas, é esse espaço de encontro, acolhimento e afeto. Espelhado por este podcast.
Neste episódio final, não por acaso no mês da visibilidade lésbica, trazemos a pluralidade das vozes de mulheres negras LGBTQIAP+ (pelas vozes de Micha, Carol e Melissa) que compartilham suas vivências e enfrentamento dessas estruturas retrógradas e genocidas do Estado brasileiro.
Negras Vozes é um podcast do Ilú Obá De Min.
Direção e edição: Bia Carmo (agogô)
Produção: Açucena Rosa (djembê)
Roteiro: Hebe Valle (dança) e Micha Nunes (djembê)
Este episódio contou com as vozes de:
Entrevistadora: Micha Nunes (djembê)
Enredo: Carol Toledo (dança) e Melissa Cassimiro (xequerê)
O que aprendemos umas com as outras: Rosana Soares (agogô)
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