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Para qualquer aprendiz do português, seja num nível iniciante ou intermediário, o diminutivo aparece como uma surpresa positiva pelo fato de soar fofo e amigável : é exatamente por isso que a maioria dos brasileiros o usa, para atenuar ou valorizar um substantivo, adjetivo e advérbio, como também se usa para indicar que algo é menor, mais carinhoso ou mais afetivo.

Os sufixos mais comuns para formar o diminutivo são “-inho” para palavras masculinas e “-inha” para palavras femininas. A escolha do sufixo depende do gênero da palavra original. Também existem variações como “-zinho” e “-zinha”, que são frequentemente usadas para manter a eufonia (uma qualidade acústica favorável), também há uma regra gramatical para utilizá-los de acordo com a norma, por exemplo, devemos usar zinho e zinha nos seguinte casos: 

A palavra tem que terminar em sílaba tônica, como: café, mulher e papel. A palavra tem que terminar em duas vogais: pai, boa e história. A palavra tem que terminar em som nasal: bom, mãe, irmão e pão.

Muitas vezes, o diminutivo coloquial que prevalece em vez da norma, como é o caso de história, muitas pessoas podem dizer historinha em vez de historiazinha. A palavra rádio, muitas pessoas podem dizer coloquialmente radinho, mas a forma culta é radiozinho. A palavra tarde no coloquial é tardinha, mas na norma é tardezinha. 

Há outros tipos de diminutivos que chamamos de irregulares, mas não iremos abordá-los porque não são tão comuns como os sufixos terminados em inho(a) e zinho(a). O diminutivo pode expressar uma variedade de conotações e sua interpretação muitas vezes depende do contexto e do tom de voz utilizado. Exemplo: A comidinha da minha avó é maravilhosa. ( nesse caso, não desmereço a comida da minha avó, pelo contrário, eu quero dar ênfase colocando o diminutivo, para demostrar carinho e afeição.  

Podemos usá-lo para uma atenuação, para suavizar uma crítica ou uma observação negativa. Exemplo: No Brasil, nunca usamos o adjetivo gordo ou gorda, pois é dito como uma falta de respeito, porém ao dizer gordinho ou gordinha, suavizamos o adjetivo, tornando-o menos negativo. 

Como também, caso alguém precise fazer uma cirurgia e não queremos assustar as pessoas, simplesmente colocamos a palavra no diminutivo para atenuar o estresse, vou fazer uma operaçãozinha muito simples. 

Podemos perceber a força do diminutivo no português quando nos deparamos com pessoas famosas que o usam para seus nomes, como o famoso jogador de futebol Ronaldinho, outros jogadores famosos nacionalmente como Juninho Pernambuco, Fernandinho, Marcelinho Carioca, e alguns funkeiros brasileiros, como Mc Kevinho, Mc Livinho, Mc Cabelinho, alguns cantores de samba, como Zeca Pagodinho, Martinho da Vila.

Numa reportagem da BBC Brasil de 2019 explicando por que o Brasil ama palavras no diminutivo traz uma situação muito sutil, mas que muda todo o esquema de comunicação, caso você chame alguém para sair, em vez de você falar, Vamos tomar uma cerveja?, simplesmente diga Vamos tomar uma cervejinha? Pois cervejinha implica um convite mais inofensivo e amistoso, sem nenhuma intenção de encher a cara e dar PT (perda total, ficar super bêbado). Podemos diminuir a intensidade de uma situação grave com o diminutivo. Exemplo: o ex presidente do Brasil, Bolsonaro, apareceu em tevê nacional dizendo que a covid19 era apenas uma gripezinha, ou seja, que não era nada de mais, apenas uma simples gripe. 

Aproveitamos o diminutivo quando algo que está agradável ou gostoso. Exemplo: Essa cama está quentinha/Esta um friozinho gostoso.

Acesse: https://obrasileirissimo.wordpress.com/2024/08/02/o-efeito-do-diminutivo-no-portugues/