*Saudação*
Graça e paz sejam com os que tem discernimento espiritual para entender que mesmo praticando o bem e a vontade de Deus, estamos sujeitos a enfrentar dias maus e momentos de tribulação.
*Verso-Chave: Jó 30.26 (NVI)*
“Mesmo assim, quando eu esperava o bem, veio o mal; quando eu procurava luz, vieram trevas.”
*Achar que somos bons é engano*
Jó era considerado um homem bom e justo, de certa maneira, na sua época. Por causa disso pensou que nenhum mal deveria acontecer com ele e a sua casa.
Ele era temente a Deus, ajudava as viúvas e chorava com os mais necessitados. Era prudente e praticava a fidelidade ao Senhor como poucos homens na sua geração.
Até que satanás pede autorização para tocar na vida dele para prová-lo.
Em Sua eterna e magnífica sabedoria, o Senhor permitiu que isso ocorrosse.
Jó perdeu seus filhos, seus bens, seus servos e seus amigos; sua saúde foi tocada ao ponto de quase sucumbir — isso está claro nos textos em que ele amaldiçoou o dia do seu nascimento.
*Deus é injusto?*
Então, se Jó andava debaixo da vontade de Deus, com tremor e temor, por que tantas coisas ruins lhe acometeram?
Seria Deus injusto?
Certamente que não.
O nosso problema é achar que somos bons e que praticamos a justiça e a piedade como Deus.
No entanto, nosso senso de justiça é distorcido pelo nosso coração enganoso. Os atos de bondade que pensamos praticar não são feitos para a glória de Deus, mas para que sejamos honrados e nosso orgulho exaltado. A piedade que pensamos exercer é pura falsidade e, muitas vezes, circunstancial.
Somos inconstantes, fracos, ignorantes e miseráveis pecadores.
Estamos a todo momento pecando contra Deus, ainda que pensemos que estamos fazendo algo para Ele, para a glória dEle, nosso coração está buscando a exaltação. Por isso não podemos confiar nele, pois ele é enganoso.
Precisamos ser sábios e manter a humildade mesmo se Deus, em algum momento, nos considerar justos. Isso facilmente adentra ao coração do homem e turva a visão que temos de si mesmos.
*Deus não é injusto!*
Qualquer mal que vier ou possa nos acometer é puramente fruto da nossa natureza, do nosso pecado; é parte da justiça divina de Deus.
Não há quem seja bom, senão um que é Deus (Marcos 10.18b).
Aceitar e entender que somos inerentemente maus e injustos é o primeiro passo para receber a misericórdia e graça de Deus.
Ter consciência de que somos pecadores, apesar de as obras de alguns disfarçarem sua maldade, é o pilar de sustenção do entendimento que qualquer mal que Deus permitir acontecer em nossa vida é porque merecemos ou porque Ele permitiu para se cumprir um propósito maior que não temos discernimento espiritual para compreender.
*Ele está contigo!*
E, se Deus permitir que você passe por um momento ruim de quase morte e perdas, assim como Jó (podemos até citar Paulo e outros apóstolos e cristãos ao redor do mundo em todas as épocas que foram mártires) é porque Ele tem um propósito maior; algo que geralmente só Ele sabe. E é aí que entra o dom da fé, em aceitar que Deus coloque em prática em nossa vida a Sua justiça e Sua vontade.
E a Sua vontade continua sendo boa, perfeita e agradável mesmo se estivermos em meio à tribulação. Ele continua sendo justo e bom mesmo se você, na hora do sofrimento, pensar que Ele é injusto ou um Deus tirano.
A verdade crucial é que temos uma visão distorcida de quem Deus é, e isso também é culpa do sistema mundano em que estamos incluídos, mas isso não anula a nossa falta de anseio pela Palavra, em conhecer verdadeiramente o Senhor através dela. *Oração*
Por isso, a minha oração é esta: que Deus nos mostre quem realmente somos e dilacere de nossos pensamentos que somos bons e praticamos uma justiça e piedade como a dEle. Que Ele, através do Seu Espírito, nos capacite a, se for preciso, sofrer as consequências pelos nossos pecados e maldades. E que Ele coloque em nossa mente e coração a certeza de que, mesmo em meio à tribulação, Ele nunca soltará a nossa mão. Amém!?