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Graça e paz sejam com os servos de Cristo, que não vivem para agradar aos homens, mas sim a Deus.
Assim como Paulo escreveu aos Gálatas: "Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo." (Gálatas 1:10 NVI)

Professores judaizantes persuadiaram os Gálatas que Paulo havia ensinado a nova religião (cristianismo) de maneira imperfeita e de segunda mão, que o fundador de sua igreja possuía na verdade apenas uma comissão delegada, estando o selo da verdade e autoridade nos apóstolos que estavam em Jerusalém.
Por isso, no verso 1 deste capítulo, Paulo afirma não ter sido enviado aos Gálatas por homens, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai (Gálatas 1.1). Ele explica nesse capítulo como se deu o seu chamado; que, no caso, não veio de homens, mas do próprio Cristo que se revelou a ele (Gálatas 1.12).
Já no capítulo dois, Paulo fala sobre alguns falsos irmãos que tentaram reduzir os novos convertidos à escravidão, a viver debaixo da lei, contrariando o evangelho que fora pregado anteriormente por Paulo, o Evangelho da libertação.
No capítulo 5 desta carta, Paulo fala que foi para a liberdade que Cristo nos libertou (verso 1).
Ele nos libertou do fardo da lei; pois Ele a cumpriu perfeitamente e a aperfeiçoou nos concedendo a graça. Por isso, o justo viverá pela fé na obra redentora e libertadora de Cristo naquela Cruz.
Este foi o evangelho pregado [da Cruz], da vivência pela fé e não mais pelas obras e obediência à lei para tentar remir os pecados e ser santo através dela. Bem como o fim da divisão entre judeus e gentios, sendo todos os que receberam Cristo, irmãos; descentes de Abraão pela fé.
Foi isso que Paulo pregou e que falsos irmãos persuadiram os Gálatas que Paulo não tinha autoridade para pregar tal coisa e que elas eram mentira. Tentaram convencê-los de que a prática da lei, a circuncisão e a obediência aos costumes judaicos eram necessários para a salvação de suas almas. Por não concordar com isso é que Paulo afirma que não busca agradar a homens (porque ele não pregava o que esses homens queriam que ele pregasse), mas sim o evangelho que lhe foi repassado por revelação de Cristo e confirmado pelos apóstolos: Pedro, João e Tiago; que eram colunas da igreja de Deus e responsáveis por pregar o evangelho ao seu povo (judeu).
Em uma espécie de reunião acertaram que Paulo deveria permanecer pregando aos gentios (como era a vontade de Deus; o seu chamado) e estes aos judeus.

Paulo sabia qual era o seu chamado, e por isso, não permitiu que nenhuma oposição à sua pessoa, ao evangelho que lhe foi repassado e à sua pregação, fossem fortes o bastante para impedí-lo de cumprir a vontade de Deus.
É disso que se trata essa passagem: de cumprir o chamado que Deus nos confiou independente do que os homens disserem ou acharem. É sobre ser fiel ao propósito de Deus para a nossa vida. É sobre buscar agradar ao Senhor, não aos homens, pregando o evangelho que nos foi confiado.

Por isso, a minha oração é para que o Espírito Santo revele a cada um dos que ainda não sabem qual é o seu chamado. E, aos que já sabem, que Ele os fortaleça na Palavra e os capacite a pregar o evangelho que lhes foi repassado através das Escrituras, para que todos possam contribuir para o Reino de Deus, assim como Paulo. Amém?

Jesus nos abençoe.