UMA DEFINIÇÃO DE VIDA
Existem diversas definições de vida e alguns cientistas eminentes acham mesmo que não é possível defini-la claramente.
Entre estes últimos, destaca-se o renomeado zoólogo alemão, naturalizado norte-americano, Ernst Mayr, que disse o seguinte, em 1982:
“Tentativa foram feitas repetidamente para definir ‘vida’. Esses esforços são um tanto fúteis, visto que agora está inteiramente claro que não há uma substância, um objeto ou uma força especial que possa ser identificada à vida”.
Mayr admite a possibilidade de definir o que ele chama de “processo da vida”.
Diz ele: “O processo da vida, contudo, pode ser definido. Não há dúvida de que os organismos vivos possuem certos atributos que não são encontrados [...] em objetos inanimados”.
Em 1959, N. Horowitz afirmou que a vida “caracteriza-se por auto-replicação, mutabilidade e troca de matéria e energia com o meio ambiente”.
Em 1986, o biólogo evolucionista inglês John Maynard Smith considerou que “[...] entidades com propriedades de multiplicação, variação e hereditariedade são vivas, e entidades que não apresentam uma ou mais dessas propriedades não o são”.
Wicken, por sua vez, em 1987 definiu vida como “uma hierarquia de unidades funcionais que, através da evolução, tem adquirido a habilidade de armazenar e processar a informação necessária para sua própria reprodução”.
Note que as propriedades listadas nessas definições são as essenciais para garantir a evolução por seleção natural.
Assim, além de conter a visão bastante difundida de que os seres vivos são sistemas químicos altamente organizados, que se mantêm à custa de gasto de energia e que podem se multiplicar, as principais definições de vida consideram que uma das características intrínsecas à vida é sua capacidade de evoluir, adaptando-se aos ambientes.