Olá!
Seja bem vindo ao episódio 3 deste nosso estudo baseado na Epístola às igrejas da Galácia.
A Bíblia diz que o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
E a segunda virtude do fruto do Espírito, é a alegria, o amor regozijando. Não uma felicidade banal, ou vontade de sorrir, mas um regozijo produzido na mente pela influência do evangelho, através de uma transformação que o amor de Deus derramado em nosso coração produz.
Alegria aparece em oposição a tristeza, como em Tiago 4:9; Ou então em oposição a sofrimento, aflição, conforme João 16:20 a 22, passagem em que Jesus explica que
A mulher, quando está para dar à luz, fica triste, porque chegou a sua hora; mas, depois de nascida a criança, já não se lembra da aflição, pela alegria de ter trazido alguém ao mundo.
Assim também agora vocês estão tristes. Mas eu os verei outra vez, e o coração de vocês ficará cheio de alegria, e ninguém poderá tirar essa alegria de vocês. (João 16:21,22)
Mas a alegria sozinha não é ofruto completo e sim uma das virtudes deste fruto do Espírito, uma das uvas de um grande cacho, ou um gomo de uma mexerica, por isso deve vir sempre acompanhada de paz.
De acordo com João Calvino, ao conectar paz e alegria, Paulo expressou o caráter desta; pois a consciência não se torna calma e alegre, a não ser quando sente que ela provém de Deus; não havendo alegria real, senão aquela que procede dessa paz.
A alegria, que nasce do relacionamento com Deus, vem em oposição às emoções carnais, tal como a felicidade, para preencher um vazio espiritual e existencial que todos homens que vivem da carne e para a carne experimentam.
E é justamente em oposição às tribulações trazidas pelas obras da carne que surge o fruto do espírito, pois a carne luta contra o Espírito, e o Espírito luta contra a carne, porque são opostos entre si.
Sendo o Reino de Deus justiça, paz e alegria e estando este Reino dentro de nós, ou no meio de nós, conforme Lucas 17:20-21, essa alegria não está na experiências humanas, (de acordo com Albert Barnes) mas sim no amor de Deus, nas evidências do perdão, na comunhão com o Redentor e com o Espírito Santo, no serviço a Deus, na provação e na esperança do céu.
“O amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo” e se transformou em um amor que está sempre se regozijando, numa alegria incessante, na consciência da graça de Deus. Permanecendo cheios do Espírito em todas situações, diante de todas aflições, teremos abundância de alegria.