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As três primeiras súplicas do Pai Nosso nos levaram em direção a Deus: vosso nome, vosso reino, vossa vontade! A segunda série de súplicas apresentou nossas expectativas, sobre nós e sobre este mundo. Reconhecemos a realidade de um reino de Deus, assim como Sua vontade. O pão e o perdão foram os pedidos em relação à nossa vida, para alimentá-la e para curá-la.

Chegamos finalmente às duas últimas, com pedidos que se referem ao caminho a ser percorrido para que alcancemos a vitória, apesar das aflições: ficarmos longe das tentações e livres do mal.

A tentação é algo que está presente praticamente desde a criação do mundo. Em sua primeira aparição, na forma de uma serpente, foi oferecida a falsa possibilidade aos homens de que se abririam-lhes os seus olhos, assim eles passariam a ser como Deus, sabendo o bem e o mal.

Saindo do primeiro livro da Bíblia e indo para o último, Apocalipse conta que Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram(...). E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. (Apocalipse 12:7-9)

Do início ao fim da Bíblia, a sedução, a tentação, está presente na terra, um mundo de trevas que jaz no maligno. Em consequência, todos estamos expostos à influência dos dominadores deste mundo, da velha serpente, e sozinhos não conseguimos escapar dela.

Na verdade, toda ação nossa acaba nos levando em direção a alguma tentação. Em toda resposta do ambiente reside uma possibilidade de descrença ou de desobediência.

Na oração do Pai Nosso, que foi originalmente escrita em grego, o pedido que se faz é para que eu não seja levado à tentação, em direção a ela. Em oposição a isso, com o uso da conjunção adversativa mas, que sejamos libertos do mal.

Então, em oposição à possibilidade apresentada em Gêneses de sermos como Deus, se encontra o significado da passagem de Apocalipse: é o arcanjo Miguel que peleja contra o tentador. Seu nome, Miguel, deriva de uma frase hebraica que pode ser traduzida como: "não há ninguém tão famoso e poderoso como Deus".

Ou seja, a resposta para essas últimas súplicas, de não cairmos em tentação e sermos livrados do mal, está justamente no próprio Pai Nosso. Como num loop, como se orássemos sem cessar, a resposta estaria justamente nas súplicas iniciais:

Na humildade perante o Pai.

Nos pensamentos direcionados ao reino de Deus.

No amor fraternal, com mais honras aos outros do que a nós mesmos.

Um alimento físico e mental diário.

Um arrependimento diante dos erros.

Uma aproximação maior do caráter de Deus.

Assim, estaremos livres do mal.

Chegamos aqui ao final do nosso programa.

Obrigado por nos acompanhar nessa jornada através dessas meditações guiadas baseadas na oração do Pai Nosso.

Esperamos sinceramente que tenha aproveitado muito, assim como nós aproveitamos preparando este material.

Lembre-se de que a meditação, assim como o caminho que nos leva a Deus, depende da prática e da repetição, vigiando e orando sempre.

Esperamos te reencontrar  em breve.

Muito obrigado.