“é inútil ficar esperando pelo que não
tivemos na infância, pois não o teremos jamais.” A perda energética ligada a este
tipo de busca e a esta expectativa termina quando nos damos conta disso - então
podemos receber algo novo. É claro que a dor e o sofrimento continuam, mas
nossa posição e nossa atitude interior mudam e podem assim evoluir, bem como
a qualidade de nossa relação com os outros.
Aqui falo da profundidade com que o conjunto de nossos eixos relacionais se
impregna deste desejo infantil herdado; da criança que sempre espera ser amada
como ela quer. O problema é que nossos pais nos amaram como puderam e
temos que ir adiante e “mudar de assunto”. Por outro lado, sem entrar em
contato com a dor que carregamos por causa desta carência e sem as lágrimas a
ela ligadas, nenhuma mudança será autêntica. Será apenas uma mudança de
postura mental e o corpo não a seguirá, isto é, não há mudança possível no
âmago do ser e, portanto, do estado de saúde na abordagem mental da vida. Carla Calado . Tel +55 21 990862999.