Hassan convidou seus amigos para comer biscoitos de açúcar e tomar chá. Mas o clima está tenso. “Os árabes nos expulsaram e os curdos nos abandonaram. Em quem mais devemos confiar?”- Ele pergunta.
Hassan é um ativista político e membro do Shabak, um grupo etnico no Iraque. Por volta de 300.000 shabak vivemem uma área chamada Planície de Nínive no Norte do País - onde o profeta Jonas chamou ao arrependimento cerca de 2700 anos atrás. Hoje, a região é o cenário de um conflito contínuo; no último ano, o Estado Islâmcio assolou a área. Jihadistas mataram membros de todas as minorias: cristãos, yazidis, turcomanos e shabaks.
A maioria do povo shabak segue o islã xiita, com elementos do sufismo - uma expressão mística do islã, com seus próprios guias espirituais, conhecidos como pirs. Do ponto de vista do Estado Islâmico, como muçulmanos sunitas ortodoxos, isso faz dos shabaks infiéis. Árabes e curdos, os dois grupos étnicos dominantes no Iraque, também costumam olhar com desdém para os shabak, que ganham a vida como humildes fazendeiros ou caminhoneiros.
Por um longo tempo, os shabaks, com uma população de menos de 300.000 pessoas, eram amplamente desconhecidos fora do Iraque. O fato de serem perseguidos pelo Estado Islâmico de repente os colocou nas manchetes. Mas isso fez pouco para mudar sua situação difícil: o desemprego é alto, especialmente entre os jovens. Muitos lutam com sua identidade como membros de uma minoria.
Como podemos orar?