Um pedaço de terra acidentado e estreito infiltra-se a partir da fronteira norte do Afeganistão, chegando até à China, dividindo o Tadjiquistão e o Paquistão. Essa tem sido uma rota comercial há séculos, mas um acordo em 1893 entre o Império Britânico e o Afeganistão a estabeleceu como uma fronteira; mas é uma fronteira que atravessa diferentes povos que vivem ali.
O povo Wakhi no nordeste do Afeganistão é de uma seita de xiitas ismaelitas chamados Nizaris. Eles não são vistos como verdadeiros muçulmanos por outros afegãos e frequentemente são discriminados e por vezes até perseguidos. Notavelmente, o Talebã é muito hostil contra eles. Os wakhi são cerca de 50 mil pessoas, sendo que 17 mil deles vivem no Corredor de Wakhan e os outros das regiões vizinhas do Tadjiquistão, China e Paquistão. Também vivem lá cerca de 1500 descendentes de pastores nômades quirguizes que estavam no Afeganistão quando a fronteira foi criada. Eles são muçulmanos sunitas radicais.
A localização remota dos wakhan impede que seja estabelecida uma boa infraestrutura. Há pouco acesso a médicos, água potável, eletricidade, conexões de telefone ou internet. A situação dos quirguizes é até pior. Sua vida diária é marcada pelo abandono.
Nas últimas duas décadas, um grupo de crentes tiveram a oportunidade de viajar para o Corredor de Wakhan para compartilhar as Boas Novas, apesar de não existir nenhuma igreja lá. Depois da retirada dos militares ocidentais em 2021, o Talibã tomou conta rapidamente do distrito Wakhan - com consequências imprevisíveis e desastrosas para o povo que lhe chama de casa.
Como podemos orar?