Não há contestação. A figura central do altar mor do tango é Carlos Gardel. Há também concordância sobre quem está à sua direita. É Enrique Santos Discépolo, o Discepolín, a despeito de sua obra autoral relativamente pequena: cerca de 50 canções. Muito da amargura e do ceticismo que caracterizam o tango deve-se a ele, que geralmente criava a melodia e os versos de seus tangos. Os tangos de Discépolo são amargos, porque ele teve uma vida amarga.
Ouvimos de Enrique Santos Discépolo, com Susana Rinaldi, “Que vachache”, e com Adriana Varela, “Cambalache”.