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Coluna "A minha sanidade mental" por Emanuel Almeirante

Disclaimer –  Este artigo é de opinião, portanto discordar dele é natural e de  salutar, assim como o reverso. No entanto, isso não significa que tu  estejas certo.

Floresceu nestes Estados  Unidos da América, uma de tantas outras teorias conspirativas que levam o  cidadão (comum ou não) a questionar os alicerces da sua vida em  sociedade e mesmo da sua vida pessoal.

Quem segue  esta teoria acredita, uns mais outros menos, que há uma cabala secreta,  formada por adoradores de Satanás, pedófilos e canibais, que dirige uma  rede global de tráfico sexual infantil.

Muitas  vezes misturando a última moda, que são os negacionistas, da pandemia,  da vacina e outros. Claro que a proliferação deste tipo de “ideologia”  pegou como fogo no mato das redes sociais. Embora seja tentador fazer um  julgamento sumário, não o farei aqui, para proveito do livre discorrer  da minha opinião e da reflexão de todos quantos me leem.

Seguindo o rasto deste movimento, criando algures em 2017, teve o seu apogeu em três datas correlacionadas e importantes.

A  primeira, a reeleição de Donald J. Trump no verão de 2018, o agora  ex-presidente dos EUA, é visto como uma espécie de salvador dos costumes  e tradições de uma América forte, grande e próspera.

Um  segundo momento, em Berlim, na Alemanha quando a 29/08/2020 foi  executado o “ensaio geral” daquele que viria a ser um dos momentos mais  lamentáveis da política americana recente. Nesta tentativa de invasão do  Bundestag, disfarçada de manifestação contra as medidas restritivas à  pandemia, vários movimentos de extrema-direita como a AFD tentaram, um  golpe de estado para a libertação do povo, das amarras do poder  político. Foram vistas várias bandeiras americanas e símbolos do Qanon.

O  terceiro momento, todos sabem qual foi, a invasão do capitólio e todas  as suas consequências, em vidas, em segurança e sobretudo, na recepção  geral de que isto não poderia estar a acontecer no centro da democracia  ocidental por excelência, mas aconteceu.

A opinião que tenho é simples e profunda ao mesmo tempo.