Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém. E enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque se notava que ele se dirigia para Jerusalém. Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?” Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: “Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los”; e foram para outro povoado.
Lucas 9:51-56 NVI
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A transformação da personalidade de João
Todos têm um conceito de que João foi o mais dócil dos discípulos, o que não corresponde à realidade. Ele se transformou, ao longo da vida, num ser humano repleto de amor, mas, antes de encontrar Jesus e durante a sua caminhada com ele, sua emoção flutuava como um pêndulo. João era um adolescente. Tinha momentos de brandura alternados com reações de intensa agressividade. Tinha momentos de simplicidade alternados com intolerância. Ele foi o único que propôs excluir os opositores. Lucas (9:51-54)
Jesus tinha especial apreço pelas pessoas complicadas. Ele declarou que tinha vindo para os doentes. Mas queria lapidar a personalidade deles e fazê-los pensadores. João, como Pedro, tinha graves defeitos na sua personalidade. Não há indícios de que era hiperativo, mas há evidências de que era tenso, explosivo e não sabia lidar com contrariedades. Também, à semelhança de Pedro, entre as suas principais características se destacavam a transparência e a sinceridade. Ele não sabia esconder seus sentimentos. Não maquiava os segredos da sua alma.