De Gaspar (SC), o menino que praticamente vivia dentro do Clube Atlético Tupi acabou vendo que a brincadeira na bola tinha potencial de virar algo sério. E virou. Com passagens pelo Metropolitano, Rio Claro e Inter (RS), Eduardo chegou no profissional do time de Blumenau e queria desbravar o mundo. Ainda bem jovem, viu chegar a chance na Áustria e não pensou duas vezes em ir pra segunda divisão de lá.
De início, jogou pelo FC Lustenau e foi bem. Nas férias em casa, viu o clube fechar as portas. A sequência no país europeu ocorreu sem problemas pelo rival da mesma cidade, o Austria Lustenau. A diferença foi que não houve muita chance em campo e ele não hesitaria em buscar outro desafio, desta vez em um time sendo rebaixado na segunda divisão japonesa.
Pelo Gainare Tottori, foi presença constante em campo, mas justamente no playoff de rebaixamento acabou não sendo colocado para jogar. Depois ele saberia que acabou sendo poupado de um eventual desgaste na imagem, o que pareceu sensato ao ver o time de fato indo para a terceira divisão.
Daquele ano de 2013 para cá, o Japão virou o mercado de Eduardo e sua reputação foi crescendo temporada após temporada. Em 2014, atuou pelo Tochigi por pouco tempo, pois Nelsinho Baptista acabou o chamando para se juntar ao Kashiwa Reysol. Por lá, viveria logo de cara uma temporada com disputa de AFC Champions League, fazendo mais de 40 jogos. Era o sinal de que sim tinha conquistado o seu lugar na JLeague.
O que poderia parecer um problema numa mudança de treinadores, acabou sendo uma oportunidade ainda maior, ao ser emprestado ao Kawasaki Frontale. Entre 2016 e 2018, o zagueiro catarinense viveu a realidade de conquistar títulos nacionais pelo time que é até hoje a referência de futebol bem jogado e eficiente na terra do sol nascente.
Em 2019, uma saída ao Matsumoto Yamaga aconteceu, após ver seu espaço ser reduzido no time de Kawasaki. O time que era uma das apostas novas na JLeague não correspondeu e acabou rebaixado. Com poucos jogos, Eduardo até chegou a ficar preocupado com a sequência nos dois últimos anos, mas o trabalho feito e mostrado pelo Frontale foi essencial para se juntar a um novo projeto.
Pelo Sagan Tosu, o entrevistado assume ter colocado mais os pés no chão e até ser bem mais colaborativo. O resultado foi que em pouco tempo não só ganhou espaço como também virou capitão. Na temporada atual, é peça-chave para o desempenho bem melhor e ele acaba de vir de uma vitória em que fez seu primeiro gol de falta na carreira. O momento é bom para Eduardo Giusti.
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