Quem vê Júnior Teles fazendo uma grande liga na Armênia, talvez não tenha ideia que a vida ainda de Juninho não foi fácil no futebol brasileiro. Carlos Jamisson Teles dos Santos Júnior, lateral nascido em Aracaju, foi bem jovem para Salvador e integrou as bases dos rivais Bahia e Vitória.
Na virada para o profissional, começou pela Catuense e conseguiu uma chance no futebol paulista em 2015. A primeira etapa foi no Flamengo de Guarulhos e depois alcançou o sub20 do Corinthians. Numa época com pouco atleta jovem conseguindo espaço por lá, Juninho assume não ter tido a paciência que talvez pudesse levá-lo mais longe no futebol de SP.
De volta ao Nordeste no ano seguinte, foi passando por clubes menores e vivendo a dificuldade do futebol nacional. Em 2017, já considerava seguir novos rumos, participando de cursos de vigilante, quando uma chance na segunda divisão do Sergipe aparecia como um recomeço. Sempre apoiado pelo pai, encarou com muita gana a oportunidade e foi depois ao Itabaiana.
A ida ao time da Série D foi essencial para fazer 24 jogos e chamar a atenção do Paraná Clube que estava na Série A. Por três temporadas, o lateral sergipano viveu um ambiente com mais visibilidade, mas também conheceu a queda paranista. Com o último rebaixamento, Juninho ficou sem time em plena pandemia, até que o Pyunik Yerevan surgiu para provar como o mundo do futebol dá voltas.
Em meio ano na capital armênia, é parte da melhor defesa do campeonato e numa sequência enorme de jogos invicto. Em segundo lugar no torneio e recém pai de uma menina, Juninho (ou atualmente Júnior Teles) conta um pouco da carreira e vida agora na Armênia.
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