José Nilson dos Santos Silva, ou somente Nilson, nasceu em São Paulo e viveu sua juventude na base da Portuguesa. Morando no alojamento embaixo da arquibancada do Canindé, teve sete anos numa tradicional escola de atacantes na capital paulista. Isso até a Copa São Paulo, quando chamou a atenção do Vasco da Gama, fazendo-o terminar a transição para o profissional no cruzmaltino.
Com experiência no Brasil por clubes como Vasco, Criciúma, Paraná, Bragantino, Boa Esporte, São Bento e Santos, Nilson já era um atacante com boa rodagem no país até chegar ao Japão em 2016. O que poderia ter sido uma grande oportunidade, acabou virando uma provação na carreira, pois uma forte lesão o atrapalhou de prosseguir no Ventforet Kofu e ainda tomou muito tempo para se reabilitar no Brasil.
Tendo que recuperar o tempo perdido, passou por time de MG, SP e RJ, até que uma nova chance no exterior, desta vez na Bolívia, foi mais uma prova de resiliência do atleta. Chegando em um time vitorioso como o Jorge Wilstermann, viu de perto a bagunça que ficou o país em 2019, com os conflitos entre esquerda e direita, em meio à queda de Evo Morales.
Já no meio da pandemia, fez parte de um elenco de qualidade montado pelo TSW Pegasus em Hong Kong. Apesar dos bons números, viu de perto as tensões de uma doença desconhecida numa região que acabou se trancando e se isolando do mundo. Se nas experiências anteriores fora do Brasil o atacante esteve perto da família, em 2021 a situação foi o oposto e assim como outros entrevistados do time, também sofreu de longe.
Ao fim da temporada por lá, foi com o atacante Marquinhos para o CSA e depois jogou o Paulistão A2 pela Briosa, a Portuguesa Santista em 2022. Agora na Tailândia, com a família bem acomodada em Ayutthaya e cheio de vontade de mostrar seu valor, Nilson é artilheiro da Thai 2 em um time que é a surpresa da liga e desponta como uma das forças a buscar o acesso à elite tailandesa.
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