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TRANSMUTAÇÃO, ÁGUAS QUE JORRAM 

Autor: Geovani G. Vilela

Situação inconfortável sugere mudanças

De lugar à atitude

Desde o meu retorno à mim ajo assim

Não tenho mais a disciplina de rebanho

Converto-me todo dia ao meu ego superior

E há tempos não sigo outras pegadas

O meu caminho se faz à medida que avanço

Com a foice da ousadia o mato futuro é derrubado

E eis que assim se abre o meu amanhã

Um conselho único deixo a meus contemporâneos

E aos que depois de mim virão:

Por amor a vocês, por tudo que é sagrado

Não me sigam

O trilho por onde passei não é pra vocês, nem pra mim mais

Vivo somente de evangelhos

Ele (o velho caminho) não tem mais serventia alguma

E seu destino é desaparecer na relva

Apenas a sua memória prevalecerá

E isso sim é sábio

Raízes, cada um tem que ter a sua

Voltando à inspiração desta letra

Esse é o motivo da necessidade de mudar

Não dá pra seguir caminhando no mesmo lugar

Se chover vai virar lama, e nessa posso me atolar

Ou se sol farei poeira, e nela me sufocar

E aí já era

Morrerei de fome e sede

Pois o pão e o vinho sempre estão à um passo desse presente

E o que tem aqui são panelas, talheres, e vasos vazios

O meu alimento está lá na frente

Prossigo para o alvo, o meu respirar

[para uma melhor experiência, ouça a declamação deste poema no podcast “A Inspiração e Eu” no Spotify, Pocket Casts, Apple Podcasts, Breaker, Google Poscasts ou RadioPublic.]