Olá, eu sou a Professora Natália Cavalcanti, pesquisadora e docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. Este é o Podcast entre uma História e Outra. Neste episódio vamos conhecer as bases do Budismo, uma filosofia oriental que tem uma longa história, inclusive em nosso país, onde tem se expandido na última década.
Foi de forma clandestina que o budismo desembarcou no Brasil, em 1908. Chegou com os primeiros imigrantes japoneses, no Porto de Santos, em São Paulo. Naquela época havia aqui um movimento contrário à vinda de religiosos não cristãos. Muitos monges entraram no País travestidos de agricultores. Praticado de maneira improvisada até a Segunda Guerra, o budismo passou a se institucionalizar a partir dos anos 50. Com a invasão de templos de tradição tibetana e a propagação da corrente zen, foi a vez de artistas e intelectuais, nos anos 70 e 80 principalmente, abraçarem a religião. O budismo chegou ao País como forma de preservação do capital cultural japonês.
Em matéria da Revista Isto é, em 2011, Monja Coen, uma das principais representantes do Zen Budismo no Brasil afirmava que “O budismo chegou aqui como uma tradição para imigrantes e ainda continua assim. Não temos um budismo brasileiro. Se não houver uma aculturação, os templos vão se transformar em belíssimos museus.”.
Uma década depois, estima-se que hoje, no Brasil, existam 250.000 adeptos do budismo e, na cidade de São Paulo, 250 templos. A maior concentração de budistas na cidade está no bairro da Liberdade, criado para abranger a cultura japonesa. É curioso, também, o fato de que muitos adeptos preferem que as reuniões sejam feitas nas casas uns dos outros, valorizando a cultura do diálogo mais próximo entre membros e dispensando a obrigatoriedade de templos para cultos e propagação da filosofia.
Outro fato da cultura budista no Brasil, diz respeito à difusão dela entre pessoas até mesmo de outras culturas. Hoje, diferente da época em que a filosofia chegou ao Brasil, integrantes afirmam que existem muito mais budistas de nacionalidade brasileira à japonesa, o que mostra que o que antes era um budismo “fechado”, passou a ser muito mais incluído no cotidiano de adeptos brasileiros.
Adorar Sidarta Gautama – peregrino que ficou conhecido como Buda e andou pelo norte da Índia por quase meio século ensinando que meditação, sabedoria, compaixão e moralidade podiam combater o sofrimento – virou moda entre milhares de brasileiros.
Mas, será que conhecemos suficientemente sobre essa filosofia oriental? Os estudantes de Análise e Desenvolvimento de Sistemas quiseram aprender mais sobre o assunto e trazem um episódio interessante, pertinente e cheio de conhecimento. Esperamos que vocês gostem!
Pesquisa de conteúdo, roteiro e gravação de áudio: Amanda Kamily, Henrique Belém, Emanuelle de Souza, Natália Cavalcanti.
Edição: Natália Cavalcanti
Capa: Natália Cavalcanti
Saiba Mais:
Pellegrini , Machado e Grinberg. #Contato História. 1ª edição. São Paulo.
Revista Isto É. A Crise do Budismo no Brasil. https://istoe.com.br/156867_A+CRISE+DO+BUDISMO+NO+BRASIL/. Consultado: 10/07/2001
Sites:
https://falauniversidades.com.br/o-budismo-no-brasil/
https://mudrassignificado.com.br/budismo-e-o-hinduismo/
https://www.artesintonia.com.br/blogs/blog/conheca-caminho-octuplo-buda-ambiente
s-paz
https://yogui.co/os-8-caminhos-nobres-para-uma-vida-plena-segundo-buda/