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Antigamente, toda casa tinha uma sala de visitas. E ai do filho que fizesse bagunça nela!
Era reservada só para eventos especiais. Ficava fechada a maior parte do tempo.

Também tinha o quarto de hóspedes, mantido impecável para receber aquele tio do interior que aparecia umas três vezes por ano.

Pois é minha gente, por uma questão econômica, hoje é impensável ter área inútil em nossas residências. Os lares diminuíram, muitos ficam a maior parte do tempo vazios, pois a família de hoje não é a do tempo dos nossos pais e avós.

Ah, a casa dos avós e as reuniões de Natal, regadas com o cheiro da comida gostosa, esperando Papai Noel. E os almoços de domingo, que emendavam com o jantar, passando pela garrafa térmica sempre cheia com o café cheiroso e gostoso.

A casa dos avós estava sempre cheia de cadeiras, porque ali todos eram bem-vindos.
Não precisava nem sair de casa. Estar na casa dos avós é o que toda família precisava para ser feliz.
Mas um dia a casa dos avós se fecha. Terminam os papos gostosos, as risadas, as tardes felizes. Diz-se adeus à emoção de chegar à cozinha, descobrir as panelas, e saborear a "comida da nona". Dá-se adeus aos conselhos do avô e à magia do amor incondicional.

Portanto, se você ainda tem a oportunidade de bater na porta dessa casa e alguém abrir para você por dentro, celebre o amor, agradeça, beije muito seus velhinhos, aproveite a benção da família, a das antigas, porque quando se fecha a casa dos avós, fecha-se uma porta para o coração.

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