Pode até parecer que não, mas ajudar o próximo fez com que a Val lidasse muito melhor com seu diagnóstico de TDAH, descoberto já na fase adulta da vida.
A Val sempre fez acompanhamento psicológico, mas só depois dos 40 descobriu que vivia com TDAH, o famoso déficit de atenção. Por mais que a notícia tenha a pegado de surpresa, a Val foi atrás de entender como seria sua nova vida, ela só não imaginava que algo que ela já fazia por amor seria também uma forma de ajudar com o TDAH.
A Val fazia um serviço voluntário há algum tempo na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Ela ia para a região com quentinhas a serem distribuídas para as pessoas em situação de vulnerabilidade social, de mulheres trans e travestis que se prostituíam ali a famílias em situação de rua.
Por mais que ela rechace qualquer insinuação a respeito do TDAH, como chamá-la de lerda ou falar que ela "está no mundo da Lua", ela percebeu que fazer o trabalho voluntário a deixava concentrada, focada. Ajudar o próximo era um santo remédio para a Val (que faz seu tratamento certinho, vale lembrar).
Nas quentinhas a Val levava para as pessoas, a quem ela chama de amigos, sempre tinha um trecho de uma música. Uma das clássicas era "Cura", do Lulu Santos, afinal "Para todo mal, a cura". Nesse caso, ajudar quem precisava ajudava e muito a Val.
O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo