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Pr. Gilson Souto Maior Jr.

“Ele nos tirou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado...” Colossenses 1:13

Quão profunda é essa afirmação: “Ele nos tirou do domínio das trevas”.Ela expressa nossa condição antes de Cristo, antes da redenção que recebemos de Deus. Estávamos sob o domínio das trevas, ou seja, vivíamos na mais completa escuridão, alienados da vida de Deus, sob o jugo terrível da morte e do pecado (cf. Efésios 2:1-3).

“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.

Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.” Efésios 2:1-3

E quando encaramos essa verdade nua e crua nos damos conta da grandeza do amor de Deus por nós. Sim, Deus nos tirou, pois caso contrário, jamais sairíamos daquela condição.

E o que Deus fez? Ele “nos transportou para o reino do seu Filho amado”. Este reino, que é luz, está em oposição direta ao "poder das trevas". Os cristãos verdadeiramente regenerados são levados a este reino do Filho de Deus a partir do novo nascimento. Isso não significa que tudo está perfeito e que quem crê em Cristo não tenha mais problemas. Pelo contrário, é quando cremos em Cristo que a luta começa, pois se antes estávamos nas trevas, dominados e alienados, agora temos que lutar contra o poder das trevas, enquanto vivemos neste mundo. Lutamos dentro de nós, com nossas fraquezas e limitações humanas, lutamos fora de nós contra as tentações que procuram nos afastar do caminho. É aquilo que Paulo escreveu: “Desse modo, descubro esta lei em mim: quando quero fazer o bem, o mal está presente em mim.” Romanos 7:21 Que batalha!

Por isso dependemos de Jesus, o Filho amado. Essa é uma expressão que só pode ser encontrada aqui nos escritos do Novo Testamento, mas que é semelhante ao termo “Filho unigênito” em João 1:18. Cristo é o Filho do amor do Pai, na medida em que Ele é gerado de Sua própria essência e é o objeto de sua inefável e eterna estima. Cristo é a manifestação do amor de Deus neste mundo, um amor que O levou a doar-se para a redenção dos pecadores. E aqui está nossa segurança, que aqueles que compartilham do reino do Filho são com Ele os objetos do amor do Pai.