No décimo terceiro "PondeCast", vamos abordar o tema da vulnerabilidade.
Em 2004, o acadêmico húngaro-canadense Frank Furedi lançou o livro "Therapy Culture", que não possui tradução para o português.
Na obra, o autor analisa o aumento da incidência de palavras localizadas no campo da terapia na imprensa escrita inglesa, desde o início da década de 90 até o início da década de 2000.
Através de gráficos, ele apontou que termos como "angústia", "terapia" e "vulnerabilidade" começavam a aparecer cada vez mais em textos sobre os mais diversos assuntos, como educação, arte, políticas públicas, etc.
Sendo assim, o aumento do uso destas palavras fez com que o tema da vulnerabilidade se tornasse o que hoje, na cultura atual, podemos chamar de "mainstream".
Portanto, obras como a citada anteriormente, ou mesmo a conhecida "Culture of Narcissism", escrita pelo norte-americano Christopher Lasch e lançada em 1979, já apontavam que o chamado "culto à vulnerabilidade" viria a se tornar algo de grande valor e virtude.
Mas será que essa valorização excessiva da vulnerabilidade altera o mundo de alguma forma?
CITAÇÕES E BIBLIOGRAFIAS:
Frank Furedi (1947) - acadêmico húngaro-canadense e professor emérito de Sociologia na Universidade de Kent.
"Therapy Culture: Cultivating Vulnerability in an Uncertain Age", de Frank Furedi.
Christopher Lasch (1932-1994) - historiador, moralista e crítico social norte-americano.
"Culture of Narcissism: American Life in An Age of Diminishing Expectations", de Christopher Lasch.
