VEJA O TEXTO DA SINFONIA FANTÁSTICA ABAIXO
Este vídeo é uma aula informal e introdutória sobre a SINFONIA FANTÁSTICA, de Hector Berlioz, que analisa o contexto histórico e musical da obra, de uma maneira didática, para não-especialistas. Esta palestra é dirigida a não-músicos e diletantes.
Alexandre Innecco nunca quis se tornar um Youtuber, mas 2020 veio com um desafio interessante chamado Coronavírus. "Quarentenado" em Brasília, Innecco decidiu dividir algumas ideias com a web.
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TEXTO DA SINFONIA FANTÁSTICA
I SONHOS-PAIXÕES (idée fixe)
O autor imagina que um jovem músico, afligido pela doença do espírito chamada de imprecisão ou confusão de paixões vê pela primeira vez uma mulher que une todos os encantos da pessoa ideal com a qual sua imaginação estava sonhando e se apaixona desesperadamente por ela. Por uma estranha anomalia, a imagem amada nunca se apresenta à mente do artista sem estar associada a uma ideia musical, na qual ele reconhece uma certa qualidade de paixão, mas dotada da nobreza e timidez que atribui ao objeto de seu amor.
II UM BAILE
O artista se encontra nas mais diversas situações da vida, no tumulto de uma festa festiva, na contemplação pacífica das belas paisagens da natureza, mas em todos os lugares, seja na cidade ou no campo, a amada imagem o assombra e joga seu espírito em confusão.
III CENA CAMPESTRE
Uma noite no campo, ele ouve dois pastores à distância, conversando com suas vacas; esse dueto pastoral, o cenário, o farfalhar suave das árvores ao vento, tudo conspira para restaurar em seu coração um sentimento de rara calma e dar a seus pensamentos uma coloração mais feliz. Ele pensa em sua solidão e espera que em breve ele não esteja mais sozinho... Mas e se ela o traísse!... Essa mistura de esperança e medo, essas ideias de felicidade, perturbadas por premonições sombrias, formam o assunto do adágio. No final, um dos pastores retoma sua conversa, mas o outro não responde mais. Som distante de trovão... solidão... silêncio.
IV MARCHA AO SUPLÍCIO
Convencido de que seu amor é desprezado, o artista se envenena com ópio. A dose de narcótico, embora fraca demais para causar sua morte, o mergulha em um sono pesado, acompanhado pela mais estranha das visões. Ele sonha que matou sua amada, que foi condenado, levado ao cadafalso e está testemunhando sua própria execução. A procissão avança ao som de uma marcha às vezes sombria e selvagem, às vezes brilhante e solene, na qual um som abafado de passos pesados segue sem transição as explosões mais altas. No final da marcha, os quatro primeiros compassos da idée fixe reaparecem como um pensamento final de amor interrompido pelo golpe fatal.
V. FESTIM DAS BRUXAS
Ele se vê no festim das bruxas, no meio de uma horrenda reunião de sombras, feiticeiros e monstros de todo tipo que se reuniram para seu funeral. Sons estranhos, gemidos, gargalhadas; gritos distantes que parecem ser respondidos por mais gritos. A melodia amada aparece mais uma vez, mas agora perdeu seu caráter nobre e tímido; agora não é mais do que uma melodia de dança vulgar, trivial e grotesca: é ela quem está vindo para o sábado ... Rugido de prazer em sua chegada ... Ela se junta à orgia diabólica ... A banda funerária toca uma paródia burlesca do Dies irae combinada com a dança das bruxas.
Palestra no YouTube - https://youtu.be/slXu1K5d8yE