Terça, 07 de Setembro
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A Causa da Morte
A Bíblia atribui a origem da morte ao pecado. "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5:12). Em um nível pessoal, pecado é ofensa contra Deus (SI 51:4; Lc 15:21). Ele representa o oposto de Deus (Is 1:2-6) e um afastamento de Seu caráter, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). Portanto, a causa da morte pode ser remontada a uma confrontação pessoal entre Deus e o pecado.
Segundo a Bíblia, a primeira introdução ao conceito de morte foi feita pelo próprio Deus, depois da criação: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2:16, 17). A expressão “morrerás” (heb. moth tamuth) é enfática, significando que a morte é inevitável, depois da ofensa da desobediência.
Esta passagem de Gênesis 2 coloca Deus, o pecador e a morte em objetiva proximidade, embora não sugira nenhuma relação causai entre Deus e a morte. No entanto, ao informar a possibilidade de morte já na história da criação, a Bíblia nos faz lembrar que a morte nunca é inteiramente removida da vida. Embora a mentira do tentador "é certo que não morrereis” (3:4) dê a entender que a vida é invencível porque ela vem de Deus, a Bíblia ensina de outra maneira, observando que a morte tem o potencial de seguir no encalço da própria vida que Deus criou. Na verdade, a morte pode ser considerada a contraparte, ou o oposto da vida. Até mesmo o tentador (a serpente), que trouxe o pecado e a morte para a humanidade a princípio, era originalmente uma das criaturas vivas feitas pelo próprio Deus (Gn 3:1), mas se tornou posteriormente agente de morte.
Se quisermos saber sobre a origem da morte, de acordo com a Bíblia, não devemos buscar explicação no extremo oposto do Universo, longe de onde Deus reside, conforme propõem certas religiões antigas, mas em algum lugar bem próximo ao trono de Deus. Foi ali que surgiu um poder maligno para desfazer ou reverter as atividades divinas produtoras de vida. Em nenhuma parte a Bíblia reconhece a existência independente de um “deus” da morte, uma contraparte do Deus da vida, que reina no submundo, no extremo oposto do universo, como os deuses Mot (Síria), Nergal (Mesopotâmia), Osiris (Egito), e Hades (Grécia). Ao contrário, encontramos em Gênesis 1-3 acontecimentos que se deram na imediata presença de Deus.
De acordo com 1 João 3:4 e 8, os pecadores são transgressores da lei, indivíduos que confrontam e se opõem aos princípios e a liderança de Deus, prestando lealdade ao diabo, que vive pecando “desde o princípio”. Isso ocorreu no Céu (Ap 12:7-9), em uma guerra de Miguel, o arcanjo de Deus, e os anjos leais contra as forças malignas do diabo, também chamado o grande dragão, a antiga serpente e Satanás, o sedutor. Embora derrotado (atirado para a Terra [v. 9]), o diabo surgiu com o “poder da morte" (Hb 2:14), um poder assegurado pelo pecado e pela morte.