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19 de agosto, quinta

Qual a luz criada no primeiro dia da criação?

Disse Deus: Haja luz; e houve luz (Gn 1:3). Embora nenhum observador humano tenha estado presente durante os cinco primeiros dias da semana da criação, dispomos do registro inspirado de “Moisés, o historiador da criação” (GC, p. v), que documentou por escrito o que lhe foi mostrado em visão. Desde o início da semana da criação (Gn 1:5, 8, 13, 19, 23, 31; 2:2, 3), determinou-se a sequência dos dias e aplicou-se a expressão “houve tarde e manhã” (Gn 1:5, 8, 13, 19, 23, 31) a cada um dos seis primeiros dias.

A lógica da pergunta, portanto, é clara: Se a luz foi criada no primeiro dia (Gn 1:4); e o Sol, apenas no quarto dia (Gn 1:14), qual era a luz que brilhava no primeiro dia? Essa aparente discrepância ou mesmo contradição levou os estudiosos da Bíblia a propor diferentes soluções para esse desconcertante aspecto no processo de criação. Entre todas as interpretações sugeridas, duas merecem ser levadas em conta.

A presença de Deus era a luz – A primeira interpretação afirma que a luz do primeiro dia era a presença de Deus. No Salmo 104, que é um hino poético descrevendo cada um dos sete dias da criação na mesma sequência apresentada no relato de Gênesis 1:1–2:4, a luz do primeiro dia está relacionada com a glória de Deus, que O cobre “de luz como de um manto” (Sl 104:2). O Senhor é luz (Sl 27:1; 1Jo 1:5), portanto Sua presença emite luz; a qual emana dEle. Foi assim durante o êxodo do Egito (Êx 13:21), quando a presença de Deus era a fonte de luz que guiava os israelitas, bem como durante a experiência no mar Vermelho, em que o Senhor Se manifestou simultaneamente como luz para Israel e trevas para o exército egípcio (Êx 14:19, 20).

A ideia de a luz ter existência independente do Sol é confirmada no Apocalipse (21:23; 22:5), pois ali a nova Jerusalém é apresentada como não precisando da claridade do Sol, mas sendo iluminada pela glória de Deus.