TERÇA, 14 DE SETEMBRO
✝️✝️✝️✝️✝️✝️✝️✝️
A Necessidade Humana de Salvação Divina
O pecado é o maior problema humano, para o qual a salvação divina é a única solução. (Para uma visão completa do pecado, ver Pecado.) A começar do orgulho e do desejo de ser como Deus (Gn 3:4; Is 14:1-20; Ez 28:1-19), o pecado é uma realidade universal (lRs 8:46; 2Cr 6:36; Jó 4:17; Sl 14:1-3; Ec 7:20; Is 9:17; Dn 9:11; Rm 3:9-11, 23; 5:12, 19; ljo 1:8, 10). Dele resulta a condenação e a morte universal (Rm 5:14-18; 6:23; Tg 1:15).
2. A Natureza do Pecado
Visto que a salvação se acha tão diretamente associada com a realidade do pecado, é preciso esclarecer o conceito de pecado para compreender mais clara mente a natureza da salvação.
a. Pecado como ação. A primeira e mais imediata forma em que o pecado se manifesta é a partir de uma má ação. Romanos 1:18—3:20 descreve a acusação bíblica contra as ações pecaminosas da humanidade. Até mesmo as boas ações são consideradas trapos de imundícia (Is 64:6).
b. Pecado como depravação do coração. Contudo, o pecado é mais do que má ação. Pode terminar em ação, mas começa na inclinação do coração. A Escritura testifica que o pecado é uma perversão do coração e da vontade, da natureza moral e do íntimo do ser. As profundezas da contaminação do coração são vividamente descritas em Gênesis 6:5; Isaías 1:5 e 6; 29:13; Jeremias 11:8; 16:12; Mateus 7:18-23; e Tiago 1:14, 15; 4:1 e 2.
c. Pecado como poder escravizante. A Bíblia descreve as ações pecaminosas como o resultado de se viver sob o domínio de um poder hostil, mau e escravizante, conforme a descrição de Romanos 5-8. Sempre que ocorre no singular, com exceção de Romanos 7:5, o pecado é descrito como um rei ou senhor (Rm 5:12-14, 21) a quem os seres humanos prestam serviço obediente (Rm 6:6, 12, 13). Como um tirano cruel ou um capataz perverso, o pecado mantém as pessoas em escravidão (v. 6, 16-18, 20; 7:14) e paga-lhes salário (Rm 6:23). Como um demônio, ele é capaz de habitar em uma pessoa (Rm 7:17, 20), enganar essa pessoa (v. 11), assim como a serpente enganou Eva (Gn 3:13), e ainda lhe causar a morte (Rm 6:16, 23; 7:11, 14). Seu poder para extinguir a humanidade é produzido pela imposição de sua própria lei (Rm 7:23; 8:2) ou pela operação subversiva de seus propósitos destrutivos devido à lei de Deus (Rm 7:8, 11, 13; cf. iCo 15:56). O pecado pode estar adormecido ou despertar repentinamente, estimulando paixões pecaminosas à ação (Rm 7:5-9). O pecado como um poder é oposto a Deus (Rm 6:23) e, como criminoso, recebe de Deus a condenação (Rm 8:3). Falar do pecado como um poder expressa um paradoxo: o pecado é algo que fazemos e, ao mesmo tempo, algo que precede e determina nossa ação. Ao pecar, somos nós que pecamos e, ao mesmo tempo, não somos nós, mas o pecado que habita em nós.