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02 de Setembro, Quinta

O Milênio

Somente em Apocalipse 20 se faz referência bíblica ao período conhecido como os mil anos, comumente chamado de milênio. Ao aceitar o Apocalipse como lívro bíblico inspirado, devemos integrar o conceito do milênio ao sistema geral da escatologia. Alguns dos primeiros pais da igreja desenvolveram uma imagem do milênio que trouxe como resultado pontos de vista extremamente terrenos, motivo por que muitos negligenciam essa questão. Na verdade, alguns chegaram mesmo a rejeitar o milênio.

Conforme descrito em Apocalipse 20:1-14, o milênio é um período de mil anos, delimitado por duas ressurreições: a primeira é a 

dos justos, no segundo advento de Cristo, e a segunda é a dos ímpios, no encerramento do período. Satanás é preso no início do milênio, encerrando-se sua oportunidade para enganar. Todos os justos, vivos e ressurretos, recebem imortalidade e são levados ao Céu para viver e reinar com Cristo enquanto durar o milênio. Os ímpios são destruídos pelo resplendor da vinda de Cristo, o que provoca o despovoamento do planeta. Nessa condição, a Terra se torna um "poço do abismo”, para que Satanás e seus anjos fiquem nela confinados durante os mil anos.

No Céu, os justos reinam com Cristo e tomam parte na fase deliberativa do juízo sobre os ímpios. Encerrada essa obra, Cristo e os santos retornam à Terra, com a Nova Jerusalém. Com a descida de Cristo e da cidade, os ímpios ressuscitam, provendo assim outra oportunidade para Satanás voltar à atividade. Ele realiza seu último ato de engano quando persuade os ímpios a atacar a Nova Jerusalém.

Nesse momento, ocorre o juízo final dos ímpios, e todos aqueles que rejeitaram a misericórdia e a graça de Deus enfrentam o tribunal. Não havendo advogado que pleiteie misericórdia, desce sobre eles o castigo final. O fogo que destrói Satanás e seus seguidores também destrói todos os vestígios do pecado. Da poeira e das cinzas desse juízo surgirá o mundo divinamente recriado, o lar eterno do povo de Deus.