Há décadas as mulheres vêm lutando por mais espaço na sociedade, mas ainda assim os cargos e posições de decisão estão na sua maioria ocupado por homens, seja na política ou nas grandes empresas, tivemos muitos avanços, mas também tivemos alguns retrocessos, e a pandemia foi um start para que o papel da mulher na sociedade fosse mais uma vez colocado em check, como já dizia Simone de Beauvoir.
“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.”
Pesquisa do ibge de 2019 divulgada em 2021 aponta que:
· Mulheres ganham em média 22% a menos do que os homens na mesma função, já em cargos de diretoria ou gestão esse percentual vai para 38%.
· As mulheres dedicavam, em média, 21,4 horas semanais aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos, quase o dobro da média dos homens, que foi de 11h semanais.
· A taxa de participação feminina na força de trabalho era de 54,5%, enquanto a masculina era de 73,7%. Apesar da diferença entre os dois sexos, a taxa das mulheres cresceu 2,9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com 2012.
· A presença das mulheres nos cargos de liderança teve uma redução, de 39,1% em 2016 para 37,4% em 2019.
· A menor presença feminina nos cargos de direção e gerência vai na contramão do nível de instrução, segundo o IBGE. Isso porque, em 2019, na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres tinham curso superior completo, enquanto entre os homens esse percentual foi de 15,1%.