Ouvido na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelos membros da CPI da Enel, nesta quinta-feira (16), o diretor-presidente nacional da empresa privada do setor elétrico que atende 24 municípios paulistas, Nicola Cotugno, garantiu que vai apresentar um plano estratégico com o objetivo de minimizar os problemas com apagões vividos pelos usuários. Problemas que se agravaram nas últimas semanas, com o temporal que atingiu a Capital e arredores no último dia 3, deixando 2,1 milhões de pessoas no escuro por até três dias seguidos.
No início do depoimento de Cotugno na Alesp, 60 mil pessoas atendidas pela Enel estavam sem energia na Região Metropolitana de São Paulo devido a novas pancadas de chuva.
"Ainda ontem tivemos uma outra chuva, não tão forte, mas que deixou muitas pessoas sem luz. Não foi algo que vi no jornal ou que alguém me contou, eu testemunhei isso na rua próxima de onde eu moro. Qual a razão de tamanha instabilidade da rede? São pessoas que perderam remédios, tratamentos ou que ainda vivem com os prejuízos disso. Um pedido de desculpas seria o mínimo", apontou o deputado Thiago Auricchio (PL), presidente da CPI, na abertura dos trabalhos.
Nesse sentido, ser mais eficaz na forma de comunicação - principalmente com as prefeituras atendidas - e ampliar a capacidade e agilidade de atendimento nos momentos mais críticos são as principais necessidades que o plano da Enel precisa resolver. A promessa é apresentar o documento até o próximo dia 28, data de um dos encontros da CPI.
"Precisamos ser mais proativos e claros. Temos que fazer uma nova forma de comunicação. Na questão técnica, vamos reforçar a capacidade de recuperação das falhas rapidamente, com mais equipes e atenção às fragilidades da rede. Esse plano terá investimentos adicionais. No dia do temporal, estivemos com 1,2 mil equipes nas ruas", afirmou Cotugno.