Pedro Cesarino cursou a Faculdade de Filosofia da USP e fez mestrado e doutorado em antropologia no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.
Ele morou com os Marubo, um povo indígena do Vale do Javari, no estado do Amazonas. Sua tese de doutorado Oniska: Poética do xamanismo na Amazônia, editada pela Perspectiva e Fapesp, em 2011, ganhou o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas. Em 2013, publicou , pela editora 34, Quando a Terra deixou de falar: cantos da mitologia marubo, uma coletânea de mitos traduzidos para o português. Nesse mesmo ano de 2013, tornou-se pesquisador e professor de antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH). Em 2015 publicou Histórias Indígenas dos Tempos Antigos, pela claroenigma, e, em 2016, o romance Rio Acima, pela Cia das Letras. No teatro, escreveu as peças Raptada pelo Raio (2009) e Cia Livre Canta Kaná Kawã (2014), ambas com direção de Cybele Forjaz. No cinema, é roteirista do filme A Febre, dirigido por Maya da Rin (2019), que recebeu 30 prêmios, incluindo o da crítica internacional em Locarno na Suíça e o de melhor direção em Chicago, nos EUA. Entrevista gravada em 01 de junho de 2021.