“Enquanto isso, não nos custa insistir
Na questão do desejo, não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê que o inferno é aqui
Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal, a cura”
Quando Lulu Santos lançou “A cura”, em 1988, o motivo era a epidemia da Aids, e versos como “Enquanto isso, não nos custa insistir/ Na questão do desejo, não deixar se extinguir” miravam em como aquela doença desconhecida e mortal, pejorativamente chamada de “câncer gay”, botava em risco o toque, a libido. Hoje sabemos que o câncer a ser curado é o preconceito!