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Em pedagogia da autonomia, Paulo Freire mostra-nos como o verbo assumir é transitivo que exige objeto. Isso significa que quem se assume, assume algo. Dessa maneira, montamos as seguintes frases muitas vezes difíceis de serem enunciadas em nossa cultura: Eu me assumo gay, Eu me assumo bi, Eu me assumo como agenêro.

Por outro lado, neste episódio inaugural, mostraremos como é evidente que esses “assumos” são silenciados por “nãos” e interditos. Isso porque, pautada em uma ordem biológica da vida, a Ideologia de Gênero, sintagma que abarca diferentes concepções políticas e sexuais, não crê que seja possível se assumir algo, uma vez que seu corpo biológico, seu órgão genital, determina quem você deve ser e de quem deve gostar.

Para Freire, e também para nós, entretanto, assumir-se vai muito além de como você nasce. Ou seja, o gênero masculino e feminino não são condições designadas só pelo corpo, mas também por fatores sociais, históricos, políticos e econômicos. E, para entender melhor tudo isso, chamamos não só a ciência mas também um especialista, Fernando Seffner, e trazemos o relato de vida de Rocco Cavenaghi, um homem trans intersexo. Então, aperte o play e venha com a gente entender o que é a Ideologia de Gênero e por que ela não se faz presente nesse podcast!

Textos citados no episódio:

Por aqui o trabalho é feito com uma equipe maravilhosa. Conheça mais sobre ela!

Coordenação:

Larissa Pelúcio (UNESP) e Anna Uziel (UERJ).

Equipe de mídias, conteúdos e vozes do podcast:

Paulo Borges Freitas Neto, Nara Mulati, João Victor Cruz Favaro Vieira, Leda Leite Ferreira, Giovanna Dias Santana, Vítor de Lima Fantin, Aressa Joel, Igor Haruo Terassaka Hirao, Bárbara Schiavon Beline e Laura Botosso.

Equipe Técnica:

Guilherme Contini (coordenador), Felipe Bulim, Taíla Valéo e Luis Miguel.