Pela fresta da porta velha,
Na encosta cor de canela,
Sentava ela, miúda e bela,
A espreitar o vento passar!
Do reboliço que o vento trazia
Dor, sofrimento, choro e agonia...
Lágrimas esculturais caiam,
Até o vento, o fim encontrar!
Do fixar ao estimar a agonia,
Sufocava e exprimia a alegria;
Rebentando ia, até sopro iria...
Da ventania, cata-vento;
Boneca de pano lembraria,
Da memória outrora doía!
Poema autoral