No passeio matinal desta manhã
Falei com as flores, como de costume
Foi a terceira vez que fiz aquele trajeto
E a resposta foi a mesma, o silêncio
O cair da tarde trouxe o frio, mórbido
Meu ventre ficou, não havia afago
No cheiro do por do sol
A doçura das damas da noite
Viajavam longe das minhas narinas
O odor peculiar do estrume cismava
Em prevalecer; eu precisava respirar
O crepúsculo em gradiente azedava
Minhas entranhas pálida e inertes
O absinto do orvalho neutralizava
A gélida sensação do silêncio
Pois, a juventude da manhã em arrebol
Traria consigo a esperança de ouvir
Às flores falarem