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Description

Quando olho uma porta
Olho gerações, não mansões
Olho o amor, a partilha e a fome
Olho os paranhos nas portas e
Paredes, vejo o quanto desistiram
Ou morreram antes de tentar
Ou foi só um estar na brevidade
De alguém ou alguns que não
Souberam limpar
Viver, conviver e amar
Não conseguem olhar a porta velha
A vela que fumega
O azeite que cura e mata
Mata a fome, o cheiro da fumaça
Do fogão a lenha, panela de barro
Colher de madeira, mexe e lambe
Para sentir o cheiro e o sabor
De cravo, mentruz e leite
O aroma quente do café
Sai e invade a rua
Quero sentar
Te ouvir falar
Beber e
Com
Você
Estar
Na
Beira
Da
Rua
Da
Porta
Velha,
Nostalgia
Minha magia