Procura-se diligentemente
Moça doce do sul do sertão
Lá nas rachaduras do chão
Navalhou os pés e as mãos
Recompensa maior não haverá
Para quem a moça doce encontrar
Um saco de café, pinga da boa e
Fruta madura para o cabra e a patroa
Ela deve ter deixado algum sinal
Migalhas de pão ou de cacau
Costuma usar uma saia de juta
Um lenço na mão e um cordão
O aviso corre por todo o vilarejo
Não sabemos se houve tropejo
Confiamos na boa vizinhança
Passando a palavra pessoa a pessoa
O sertão não será o mesmo sem ela
Moça doce radiante de luz, brota água dos olhos virginais e sacia a sede do
Povo com alimentos em alcaçuz Um poema autoral de Fernanda Laurindo