Entrevista com a doutoranda Daniela Israel sobre sua pesquisa no doutorado em Processos e Manifestações Culturais.
Texto completo:
Tem um assunto que nós, como sociedade, precisamos discutir com bastante frequência./ Nós vivemos em uma sociedade machista e de racismo estrutural, o que se reflete nas mais diversas áreas: a educação, o mercado de trabalho e também nas nossas produções culturais./ Eu venho falando na literatura, porque é minha área de pesquisa, mas quero trazer hoje um bate papo com uma colega muito querida, que pesquisa na área do cinema gaúcho./ Vamos ouvir a Dani.//
Sonora 1
A Dani Israel, que também é professora de cinema, conta que trabalha na área há quinze anos./ E uma coisa que sempre a inquietou é o que há por trás das narrativas audiovisuais.//
Sonora 2
A representatividade, ou seja, ter mais mulheres e pessoas negras em todo o processo de produção de um filme, NÃO é um assunto que interessa só a quem produz cinema./ Afinal, os filmes, narrativas que fazem parte das nossas vidas, também nos fazem pensar sobre o nosso país, sobre a nossa cultura.//
Sonora 3
Dani também chama atenção para os números que mostram a disparidade./ No Brasil, metade da população é composta por mulheres./ Além disso, pouco mais de cinquenta por cento dos brasileiros e brasileiras não são pessoas brancas./ Ou seja,
Sonora 4
Dani, agradeço muito pela tua participação./ Estou acompanhando de perto os resultados da tua pesquisa, que sempre traz temas importantes de debater também com as pessoas para quem os filmes e os livros são feitos./ Então, Bira, fica esse recado, para refletirmos sempre que estivermos assistindo a uma série, filme ou lendo um livro./ Bom final de semana para ti e ouvintes.//