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Aos fracos da vontade
Homem, levanta o véu do teu futuro, Troca o prazer sensualista e obscuro Pelo conhecimento da Verdade. Foge do escuro ergástulo do mundo E abandona o Desejo moribundo Pelo poder da tua divindade.
Teu corpo é todo um orbe grande e vasto: Livra-o do mal unífero, nefasto, Com a espada resplendente da virtude; Que o sol da tua mente, eterno, esplenda, Dando a teu mundo a mágica oferenda Da alegria em divina plenitude.
Deixa o conjunto de ancestralidades Da carne – o eterno símbolo do Hades – Onde o espírito clama, sofre e chora; Deixa que as tuas glândulas do pranto Te salvem do cadinho sacrossanto Da lágrima pungente e redentora.
Mas, sobretudo, observa o pensamento, Fonte da força e altíssimo elemento, Em que toda molécula se cria:
Da existência ele faz sepulcro abjeto Ou jardim luminoso e predileto,
De arcangélicas flores de Harmonia.
Ouve-te sempre a ronda do mistério, Mas faze de tua alma um grande império De beleza, de paz e de saúde: Que as tuas agregações moleculares Vivam livres de todos os pesares, Com os tônicos sagrados da Virtude.
Tua vontade esclarecida e forte Triunfará das angústias e da morte Além dos planos tristes da matéria, Mas a tua vontade enfraquecida É a meretriz no báratro da vida,
Amarrada no catre da miséria! Francisco Cândido Xavier - Livro: Parnaso de Além-Túmulo