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Texto por João Gabriel, Voz por Axel Silva

O conceito de república é uma contraposição à monarquia, em que em vez do poder ser hereditário, o poder é obtido através do voto - de forma direta ou indireta. O chefe de Estado pode ser uma pessoa ou um conjunto de pessoas, apesar disso, cabe ressaltar que o conceito de república mudou conforme o passar do tempo. Primeiramente, a República, na Roma antiga, era tratada como uma organização que excluía os reis - ou seja, algo do povo - onde res publica significa coisa pública. Com Cícero a república se tornou uma contraposição aos Governos injustos, pois era a única forma que uma comunidade afirmava sua justiça. O conceito de Cícero entrou na Idade Média, quando as Repúblicas eram pequenas e cristãs, tendo dois poderes: a Igreja e o Império. Na Idade Moderna, ocorre a secularização da República, porém, mantém-se o conceito ciceriano. Com a monarquia e a aristocracia, a República foi contraposta à anarquia ou aos regimes violentos. Na Idade Moderna a constituição se tornou uma parte fundamental de uma república, concretizando um ideal da razão prática de Cícero.

Ainda na Idade moderna, com Maquiavel e posteriormente com Montesquieu, é estabelecida uma trindade de formas de governo: Monarquia, República (aristocrática e democrática) e Despotismo - sendo que nesta tipologia usa-se um critério qualitativo, com diversos fatores. Segundo estes fatores, uma República deve ser pequena com uma relativa igualdade, com a fonte das leis e a integração social que devem vir por meio da virtude dos cidadãos que precisam colocar o Estado acima dos interesses próprios. Basicamente, na República a ordem política nasce de baixo. Cabe ressaltar, por fim, que os regimes autoritários que aparentam ser repúblicas são muito mais republicanos no nome do que com o que se observa.