Paulista de Ribeirão Preto, Luiza escreveu o livro de poesias Também Guardamos Pedras Aqui (editora Nós), que recebeu o principal prêmio literário do Brasil, entre 4.290 obras inscritas: o Jabuti, de Livro do Ano (a conquista rendeu R$ 100 mil). Ela recebeu a notícia em Madri, onde estuda interpretação para cinema. “Na noite do prêmio, via a transmissão pelo celular. Era madrugada quando saiu o resultado. Estava sozinha em meu quarto e as três pessoas com quem divido apartamento dormiam – comemorei sem acordar ninguém. Chorei muito, não só no momento do anúncio do resultado, mas principalmente com as
fotos e mensagens das amigas, amigos e amigues que estavam no Brasil. Sem dúvida, foi, ou melhor, está sendo dos momentos mais emocionantes da minha vida.” Mais velha entre quatro irmãos (Chico, Caetano e Bethania) e filha de professores, Luiza cresceu estimulada a ler, escrever, dançar, encenar. “Aos 9 anos, escrevi uma série de poemas, imprimi e saí para vender na escola. Amava as histórias seriadas, como Harry Potter e a coleção Vagalume.” Aos 17 anos, trocou o interior pela capital para estudar artes cênicas na ECA/USP. Voltou a escrever em 2013, após conhecer os slams (batalhas de poesias autorais) e saraus. Foi ali que se descobriu poeta e conheceu os nomes que se tornariam suas referências na literatura nacional. Alguns nomes são Emerson Alcalde, Mel Duarte e Daniel Minchoni. Entre suas predileções estrangeiras, ela cita o trio: Bertolt Brecht, Elena Ferrante e Gloria Anzaldúa. Luiza também escreveu os livros Sangria, Coquetel Molotove e Nadine. Para o futuro, deseja apresentar o espetáculo Garotas Mortas (baseado em obra de Selva Almada) e assistir aos jogos do Palmeiras, na Rua Caraíbas.
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