Hoje iniciamos o mês em que falaremos sobre racismo, abordando seu aspecto estrutural. Infelizmente ainda temos que lidar com os variados tipos de violência dirigidos à população negra, não apenas a violência física como vimos recentemente acontecer da maneira mais covarde com o congolês Moïse, mas também uma violência que se expressa pela exclusão, humilhação e apagamento do sujeito negro em seu meio social. Por que isso não muda? Nosso papo abordou essa estrutura que infelizmente se sustenta pela manutenção de um pacto narcísico, fruto da ideologia do branqueamento, cujo objetivo é não abrir mão de seus privilégios. A falácia sobre a existência de racismo reverso e democracia racial é um exemplo desta estrutura, cujo branco se enxerga como universal e o negro como exceção, ainda que estejamos em um país majoritariamente negro. O que podemos fazer? Vamos romper com esse silêncio devastador minha gente! No lugar de psicanalistas ou não! Chacoalhemos essa estrutura que necessita ruir. Precisamos recorrer à história, historicizar uma população cuja subjetividade insistem em calar! História que se diferencia das que aprendemos na escola, presa às amarras das fake news que a branqueiam! A psicanálise possibilita que o sujeito narre e construa sua história, logo, se trata de uma prática ANTIRACISTA! Venham bater um papo (furado) com a gente!