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O atual crescimento de discursos e atuações ultraextremistas, marcados, entre outros, por pautas anti-mulheres e anti-LGBTQIA+, destaca uma urgência: precisamos compreender os impactos psíquicos na construção da masculinidade atual.

 

O recente debate global desencadeado pela sérieAdolescência, da Netflix, evidenciou o bombardeio da ciberviolência nos caminhos da subjetivação de crianças e adolescentes. Fóruns como o dos Incels, uma rede de partilha de homens frustrados em seu “direito ao sexo” que pregam aculpabilização das mulheres por seu fracasso sexual, definido-as como oportunistas, interesseiras e superficiais, ganham proporções assustadoras, resultando, em algumas situações, em assassinatos, comumente feminicídios, tal como visto na série.

 

Nesse sentido, a “Machosfera” constitui-se como um universomasculino radicalizado na internet que migra para o plano da ação. Seus integrantes tanto defendem a violência contra mulheres, quanto propagam a inveja de homens que têm relacionamentos bem-sucedidos.

 

No campo da pesquisa acerca desses fenômenos atuais,conceitos como "masculinidade tóxica", “masculinidade frágil” e“masculinidade Queer” nos fornecem elementos para pensarmos a masculinidade em uma perspectiva atual. Quais os principais desafios de “tornar-se homem”? O que a psicanálise pode oferecer? O que os psicanalistas têm a dizer sobre esse tema?

 

No programa de hoje recebemos Gary Barker, Doutor emPsicologia do desenvolvimento infanto-juvenil, e Dora Tognolli, psicanalista.