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Nesse 08 de maio de 2022, dia das mães, o ÁGUA DE BEBER, um gole de jazz, bossa nova e outros sons homenageia a “madrinha do samba”, Beth Carvalho.

Madrinha é aquela que se torna mãe de muitos pela vida, que os acolhe com coração amplo e generoso. E Beth Carvalho, ao longo da sua carreira acolheu vários músicos e sambistas e os convocou para ingressarem no mundo da música e do samba. O apelido foi conquistado pela habilidade da cantora em encontrar novos talentos. Beth revelou ao Brasil vozes únicas, e não foram poucos os afilhados da cantora! Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Bezerra da Silva, o grupo Fundo de Quintal, Almir Guineto e Luiz Carlos da Vila foram alguns dos apadrinhados pela sambista.

Mas o episódio de hoje resgata uma Beth Carvalho diferente daquela que ficou mais evidente e conhecida do todos no mundo do samba de roda, do samba de fundo de quintal, do pagode.

Hoje vamos dedicar-nos a ouvir a Beth Carvalho da bossa nova. Diferente do ritmo pelo qual ficou conhecida até sua morte, Beth Carvalho cantava bossa nova no começo de sua carreira, nos anos 60 onde, junto com outros cantores e compositores, que estavam começando, gravou vários compactos, hoje difíceis de encontrar.

E, em 1969, lançou o LP “Andança”, pela gravadora Odeon, que vamos ouvir na íntegra. Com 12 músicas que traz composições de Baden Powell, Vinicius de Moraes, Sebastião Mota, Danilo Caymmi, Paulinho Tapajós, Lupicínio Rodrigues, Paulo César Pinheiro e Milton Nascimento e os irmãos Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle. Também tem o instrumental do conjunto Som Três de César Camargo Mariano. Nos vocais ela vem acompanhada em duas faixas do grupo Golden Boys.

É um disco histórico e que merece ser conhecido e apreciado.