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Na coluna desta quarta-feira (12), Atílio Bari constrói um pensamento que traça o paralelo da corrupção sistêmica no Brasil com as primeiras ações da Corte de Portugal em terras tupiniquins. “Enraizaram-se hábitos que nos chegam até os dias atuais como uma herança daqueles tempos, aprimorada e modernizada ao longo dos anos”, afirma.


Em alusão que contempla o passado e os dias atuais, Atílio diz: “Compre-se o apoio de parlamentares a peso de ouro, providencie-se todas as benesses possíveis para a imensa e sempre crescente estrutura governamental, instale-se amigos, parentes e correligionários nas empresas estatais, embaralhem-se os impostos para que não se perceba os aumentos, enfim, faça-se um enorme movimento para que no fim tudo permaneça como sempre foi”.


Ao falar sobre a política, o escritor provoca: “No mais, faça-se vista grossa para os empresários inescrupulosos, os traficantes de apoios, parceiros de corrupções mil, a quem se perdoam multas, prorrogam-se dividas e esquecem-se as condenações. [...] E aquele sol brasileiro, mais generoso, mais amoroso, como sempre sonhamos que seja, não surge em cem dias de governo, como não surgiu em cem anos, nem em duzentos.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.


O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Digital.