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Polícias e paredes existem para proteger. São símbolos de segurança, seja nas nossas casas ou nas ruas. Mas quando essa proteção se transforma em força opressiva, quando paredes deixam de ser abrigo e polícias ultrapassam o seu propósito, a realidade torna-se inquietante.

Nesta crónica, Ana T. Freitas reflete sobre o que aconteceu a 19 de dezembro na Rua do Benformoso, em Lisboa. Um episódio que expôs a vulnerabilidade dos imigrantes, cujas histórias se entrelaçam com as dos portugueses que, desde os anos 1950, também procuraram uma vida melhor além-fronteiras. A crónica ecoa a indignação de milhares que, a 11 de janeiro, se ergueram em protesto, recusando-se a ser encostados à parede.

Uma reflexão intensa sobre justiça, humanidade e o verdadeiro significado da democracia.